Santos não é confiável, nem digno Comandante Supremo das Forças Militares

Publicado: 2014-05-03   Clicks: 1946

    Tradução: Graça Salgueiro

    Em entrevista com o periódico Integración, o coronel Luis Alberto Villamarín Pulido analisa para os leitores as razões pelas quais os membros da reserva ativa das Forças Militares e dos familiares de militares e policiais ativos, não devem votar pela re-eleição presidencial de Juan Manuel Santos.

    Qual é o panorama das Forças Militares frente às próximas eleições presidenciais da Colômbia?

    Por respeito à Constituição e à democracia, nem sequer deveria existir a preocupação de qual pode ser o panorama para as Forças Militares e a Reserva Ativa. Porém, na Colômbia os terroristas e os politiqueiros vêem nas instituições militares um obstáculo para seus interesses. As guerrilhas comunistas, como os inimigos que lhes impedem a tomada do poder e os politiqueiros de sempre, as vêem como um mal necessário. E nesse entorno, a embromação santista da paz é grave para a Colômbia, suas tropas e sua reserva ativa.

    Como a paz com as FARC afetaria as Forças Militares?

    As FARC não querem a paz, querem a continuação da guerra de classes entre comunistas e capitalistas, que só pode se acabar quando os comunistas estiverem no poder e tenham eliminado as liberdades individuais, a propriedade privada, a livre empresa e o sistema constitucional vigente. O ponto álgido do assunto, é que em sua infinita vaidade egocêntrica e desmesurada ambição re-eleicionista, o presidente Juan Manuel Santos deixou-se impor a agenda, os tempos e os interesses das FARC em detrimento da institucionalidade, do bem da Colômbia e do futuro das Forças Militares.

    Isto significa que as Forças Militares estão sendo negociadas em Havana?

    Claro que sim. Os comunistas armados e desarmados sabem que a única instituição que se opõe a seu apetitoso desejo de tomar o poder, são as Forças Militares. Por essa razão, exteriorizaram muitas vezes em Havana que é necessário reduzi-las à mínima expressão, limitar suas funções e obviamente integrá-las às ordens do Foro de São Paulo, da ditadura cubana e da ALBA, encabeçada pela Venezuela.

    Em que favoreceria ao Foro de São Paulo, à ditadura cubana e à ALBA, encabeçada pela Venezuela, o recorte administrativo e operacional das Forças Militares?

    Em muitas coisas, nas duas frentes: nacional e internacional. No plano interno, as Zonas de Reserva Camponesa controladas pelas FARC de acordo com a bonachona cessão que já se lhes fez em Havana, cheias de milícias bolivarianas, de movimento bolivariano clandestino, de partido comunista clandestino e de partido comunista legal, terão circunscrição eleitoral especial, e legislação especial para que o governo não entre com instituições militares nem de justiça, senão a serviço das FARC, que uma vez firmados os acordos de Havana não entregariam as armas senão que conviveriam com toda esta gente preparando a ofensiva final para a tomada do poder. E na frente internacional, facilitaria o sonho da Nicarágua de se apropriar do mar territorial colombiano e do prêmio maior: o arquipélago de San Andrés. Assim se favoreceriam as FARC e evidentemente os comunistas do continente.

    E em que isso afetaria as reservas ativas das Forças Militares?

    Em muito, melhor, muitíssimo. Com o argumento populista da paz e de não gastar dinheiro na guerra, que inclusive já é reiterativo na campanha santista e de outros candidatos do mesmo modo politiqueiros, poderia chegar o momento em que colapsarão o pagamento dos vencimentos da reserva, do Hospital Militar, da saúde militar e os militares que entregaram o melhor de suas vidas a serviço da sociedade e de pessoas sinuosas como Santos, acabariam nos cárceres, enquanto os terroristas e criminosos nos cargos públicos ou posando de moralistas, como acontece atualmente com Petro, Navarro e os criminosos do M-19 que os secunda.

    Quer dizer que o presidente Santos tem atuado de maneira apressada em torno da paz com as FARC?

    Não só apressada, senão irresponsável, desleal e traiçoeira com mais de nove milhões de colombianos que o elegeram para que continuasse com a política de segurança democrática contra as FARC, o ELN e as BACRIM, porém, ante o desejo de se re-eleger, ser Prêmio Nobel da Paz e/ou Secretário Geral da ONU, antepôs seu Ego, sua artimanha politiqueira, sua demagogia e sua habilidade como jogador de poker, sobre o que convém à Colômbia.

   Isto significa que a re-eleição de Santos seria inconveniente para a Colômbia?

    Não só inconveniente como letal. Se revisamos seus quatro anos de governo se reduzem em politicagem, demagogia, gasto exagerado do orçamento nacional em publicidade de auto-imagem e viagens da chanceler como sua assessora pessoal de imagem no exterior, gastos desmedidos em programas populistas temporais e sobretudo carência de estratégias a longo prazo, por exemplo, a de enviar alguns delegados escolhidos a dedo, para que entreguem a dignidade do país às FARC em Havana.

    Qual seria a melhor opção dos candidatos para as Forças Militares e a reserva ativa?

    O voto é secreto e pessoal. Ganhou muita força um amplo desejo nacional de votar em branco. É uma opção respeitável e cada um decide. Obviamente Santos e os demais demagogos que estão servindo de porta-vozes para idéias fúteis e farsas de paz, são igualmente letais para as Forças Militares e a reserva ativa. A realidade vista dessa forma, se reduz o espectro a um ou dois candidatos que não são o melhor do melhor para a Colômbia, mas isso é o que a terra dá e no momento não há mais onde escolher.

    Não obstante Santos disse que as Forças Militares não serão negociadas. Não lhe parece que poderia exagerar ao afirmar que estão negociando-as em Cuba?

    Santos também disse que continuaria a guerra frontal contra as FARC e acabou cumprindo ordens com uma equipe de mudos em Havana. Disfarçou um filho de soldado e endeusou a cúpula militar desse momento, e há poucos dias os relevou. Tem uma complexa confusão jurídica com o almirante Arango Bacci e nunca esclareceu isto. Foi ministro da Fazenda e da Defesa e agora é presidente. Em nenhum dos três casos moveu um dedo para solucionar o descarado e inexplicável descumprimento do Estado para pagar o nivelamento salarial de militares e ativos segundo a Lei 4 de 1992. Ao tomar posse pôs como ministro da Defesa um politiqueiro e traidor demagogo de sobrenome Rivera, que em vez de solucionar os problemas salariais dos que o defenderam até com suas vidas, ia ao Congresso da República falar mal das tropas que supostamente representava. E Santos foi cúmplice dessa afrontosa deslealdade de Rivera, a quem “puniu” com uma embaixada na Europa.

     Ou seja, que Santos não é confiável para as Forças Militares?

Santos não é confiável, nem sequer digno de ser o Comandante Supremo das Forças Militares, porque que se despreocupa do pagamento salarial de seus soldados ordenado pela lei, e além disso envia emissários para falar com seus inimigos quando todo mundo sabe que a única coisa tangível para negociar é a entrega de suas tropas, nem é confiável nem digno de ser chefe. O sangue derramado pelas tropas indica que nenhum familiar de um militar ou policial assassinado pelas FARC, ou ELN ou BACRIM, ou dos que ainda sobrevivem a esta guerra, pode votar em uma pessoa como Santos ou os pacifistas de ocasião que pescam votos em rio revolto.

 

 

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