Frases e ações desesperadas de Santos corroboram conversações de paz sem estratégia concreta

Publicado: 2013-06-25   Clicks: 1890

     Tradução: Graça Salgueiro

     À reação conjunta dos bandidos das FARC em Havana com o conciliábulo delitivo do Palácio de Miraflores em Caracas pela visita de Capriles à Colômbia, somaram-se as frases consecutivas e críticas de Santos às FARC pela seqüência de propostas (que não são novas) políticas estabelecidas pelo grupo narco-terrorista, ao início do novo ato teatral do custosa e desgastante ópera bufa em Cuba, que já completa sete estéreis meses.

     Com estilo de jogador profissional trapaceiro, Santos quer fantasiar com baralho de cinco ases, propaganda publicitária a seu favor por parte de cônsules e embaixadores, fotos de cuecas em bairros humildes, palhaçadas com cadetes da Escola Militar em 9 de abril em Bogotá, disfarce de soldado a seu filho e além disso dizendo que é Lancero, ridicularias no Oriente Médio oferecendo a paz a palestinos e israelenses, etc., etc.

     Entretanto, a realidade é outra. A palhaçada de Havana é cada vez mais escorregadia entre suas mãos. Os capos do cartel das FARC sabem de antemão que eles não podem sair do Plano Estratégico, nem dos ditames políticos do Partido Comunista, seu órgão superior.

     Também sabem, e isso corroboraram na mesa de Havana, que a equipe negociadora de Santos é muito fragilzinha, que desconhece o Plano Estratégico do grupo terrorista, que atua sem iniciativa e que respondem como cordeiros à manipulação dialética e calculada das FARC à agenda, etérea e sem clareza.

      Assim o corrobora o longo e sem concretude acordo parcial do primeiro ponto da agenda. Necessitou-se de sete meses de protagonismo de Santos, esterilidade negociadora de De La Calle e seus mudos assessores, e reiteração de argúcias farianas, para resumir em sete páginas uma série de juízos de valor, sem acordos precisos pontuais acerca de como renovar e tornar melhor a produção agrícola.

     Pelo contrário, esse texto parece a cópia de um dos tantos discursos politiqueiros inseridos em planos de governo nacional e estadual desde vários anos. Nada de novo sob o sol. 

    Agora os bandidos das FARC, coincidindo com seus cúmplices desarmados e quem acredita neles, com demagogos situados em lados opostos, propõem fazer uma nova constituição nacional para descobrir que a água molha, o fogo queima e o gelo polar congela.

     A embromação de fazer novas constituições é tão antiga na Colômbia, quanto o vício crônico de enfrentar o melhor da juventude em guerras pessoais de caciques políticos e aristocratas, contra “revolucionários” com argúcias de bandidos.

     E essas constituições não funcionaram porque nunca se cumpre o escrito, senão que leguleios de ofício, politiqueiros baratos e bandidos de colarinho branco, encontraram em cada constituição nacional um filão para dilatar a reforma e tirar vantagens pessoais ou grupais para sua caterva.

      Encantado como no conto de fadas “Espelho, espelho meu, quem é mais belo do que eu?”, Santos levita em seu ego e navega na politicagem, enquanto a delinqüência campeia nas cidades de um país que, segundo os propagandistas de uma instituição armada, teve dois dos melhores policiais do mundo, ao tempo em que desde a comodidade do rum havanero, as prostitutas cubanas e a cenozóica visão política de Fidel Castro e sua facção, os capos do cartel das FARC fazem o que lhes apraz em torno à ópera bufa das conversações.

     Porém, também é óbvio que os “prudentes” escudeiros-assessores de Santos sabem que toda palhaçada tem um final, e que dependendo da habilidade histriônica do palhaço, o público aplaude ou vaia o circo, seu diretor, seus domadores, seus trapezistas e seus curingas.

      Por essa razão, Santos que acreditava ter bajulado todo mundo, inclusive as FARC, tenta reagir com críticas baratas às posições políticas das FARC e dos comunistas em torno da orientação das conversações, que não são novas, que os terroristas já as haviam estabelecido em Oslo e Havana, e que a qualquer momento o obrigarão a suspendê-las, com a circunstância agravante de que as FARC terão um argumento a mais para dizer que querem a paz mas o governo Santos não quis, então, é necessário continuar a guerra. O mesmo que diziam Tirofijo, Jacobo Arenas, Gilberto Vieira e os demais dinossauros comunistas há 50 anos.

      A pergunta óbvia é: Por que ocorre isso?

      A resposta óbvia é: porque nem Santos, nem os mudos da equipe negociadora conhecem o Plano Estratégico das FARC. Além disso, a julgar por suas atuações, nem sequer sabem ou acreditam que ele existe. E para culminar, chegaram à mesa nomeados a dedo, sem haver preparado uma estratégia de Estado para se opor a uma estratégia revolucionária comunista decantada em vários processos nacionais e internacionais.

      Convidados de pedra, sem norte, sem análise prévia de óbvios e possíveis cenários, e portanto, sem iniciativa. Repetimos, a prova disso é que as FARC impõem os ritmos, a temática, a redação dos comunicados e a estratégia.

      E apesar de semelhante palhaçada, Santos quer re-eleição, fanfarronada com bênção papal para seu prêmio Nobel da Paz, e a fila de lagartos e ineptos que o secundam têm o apetite ávido em torno à continuidade do desgoverno santista, para continuar com o dente cravado no orçamento nacional e na burocracia.

     É o que a terra dá, e não há adubo para melhorar a colheita.

Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

Analista de assuntos estratégicos -

 

 www.luisvillamarin.com

 

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