Embebedado escândalo de uma funcionária diplomática em Washington, corrobora a pobreza estrutural da chancelaria e quase todos os seus empregados

Publicado: 2013-02-23   Clicks: 1610

        Traducción de Gracia Salgueiro

     A revista Semana publicou com vergonhoso destaque, pormenores do comportamento constrangedor de uma burocrata, quota politiqueira do Partido Verde dentro da unidade nacional de Santos, inscrita como uma gravata das que pululam na Embaixada colombiana em Washington que, alterada pela bebida e pelo tom de suas palavras, foi detida pela polícia no estado da Virgínia.

     Talvez a pitoresca funcionária tenha acreditado que estava na Zona Rosa de Bogotá, onde podia desrespeitar os policiais, mostrar sua credencial e mencionar amizades com a folhagem politiqueira e aristocrática que mal governou e ensangüentou a Colômbia para sempre.

     É provável que nesta ocasião a folclórica chanceler Holguín, que segundo suas palavras auto-elogiosas está aí porque dança o mapalé [1] muito bem, procede como no caso da Nicarágua e no mar territorial perdido.

     Ao caro que resulta para o erário colombiano sustentar essas espécimes de ineptos e irresponsáveis que se dão luxos em embaixadas e consulados, talvez se somarão os gastos de uns quantos burocratas que viajarão a Washington para averiguar a veracidade dos fatos porque, se destituem a irresponsável bebadazinha, não só se corre o risco de um processo por perseguição trabalhista ou algo do tipo, senão que Juanma perde uma de suas multiplicadoras de demagogias para captar votos re-eleitorais.

     E isto pode ser assim porque há pouco tomou posse em Washington como embaixador da Colômbia ante a Casa Branca, um personagem desses que Indalecio Liévano denominou com tino de“membro da folhagem aristocrática e politiqueira que se crêem donos do país”, e acrescentamos de nossa colheita, que por seu ribombante sobrenome vai vivê-la gostosamente lá, gozar das delícias do exílio dourado pago com o dinheiro dos contribuintes e, isso sim, que todos os colombianos residentes nos Estados Unidos o atendam como um rei por onde se movimente.

    Em 1º de fevereiro, por iniciativa da consulesa colombiana em Nova York, reuniram-se no consulado pátrio em Manhattan o embaixador Urrutia, o representante da Câmara, Jaime Buenahora, e os cônsules colombianos de Nova York e Nova Jersey.

     A desculpa do ato politiqueiro seria apresentar o embaixador Urrutia aos líderes cívicos colombianos da área tri-estatal de Nova York, Nova Jersey e Connecticut.

     Essa era a trama, pois a realidade da singular reunião era para que o novo embaixador colombiano, um desconhecido absoluto no mundo da diplomacia e do serviço à Colômbia, coordenasse com os cônsules colombianos em Nova York e Nova Jersey, a forma de bajular os colombianos residentes nessa zona para a campanha re-eleitoral de Juanma à presidência, e de Buenahora ao comodíssimo e mole cargo de congressista colombiano desde o exterior.

    Muito dado a atuar de acordo com sua origem e grau aristocrático, o metido burocrata recém-nomeado embaixador trancou-se no quarto andar do Consulado com Buenahora e os dois cônsules, para maquinar a estratégia de manipulação dos potenciais votantes.

     Qual convidados de pedra, os líderes cívicos esperaram embaixo, no primeiro andar, a que quase uma hora depois descesse o “senhor da fazenda” a cumprimentá-los de raspão, para dizer-lhes que os cônsules de Nova York e Nova Jersey têm instruções, e que ele, que vive tão ocupado, tinha que viajar de imediato a Washington por isso os deixava.

    Dois episódios diferentes de uma só verdade. Embora haja raras exceções, a Colômbia está muito mal representada no exterior em quase todos os consulados e embaixadas. Não há Chanceler nem política de chancelaria para as relações exteriores. Há uma funcionária de ranço abastado e de “melhor família” que nomeia qualquer medíocre a seu bel prazer, para satisfazer o voraz apetite do poder re-eleitoral de Juanma.

     Por isso, há uma funcionária de grau médio que ocupa um cargo de nome pomposo e certamente zero de efetividade, que é chegada a uma bebida, mas que não é a única, pois há pouco tempo a Colômbia também teve no cargo de Embaixador em Washington um alcoólatra doente, que quando se aborreceu do alto custo do whisky em Washington e de que lá ninguém lhe fazia vênias nem reverências como “o doutor”, voltou para a Colômbia para ser um espadachim da re-eleição de Juanma.

     Por circunstâncias paralelas, é nomeado como Embaixador um aristocrata inepto que vai com a missão de captar os votos colombianos nos Estados Unidos para re-eleger Buenahora no Congresso, no inútil cargo de representante dos colombianos no exterior e, obviamente, ganhar o fortim eleitoral para as aspirações politiqueiras de Juanma.

     Por realidades como estas perdemos na Corte de Haya um enorme trecho de mar territorial, os colombianos no exterior não contam com nenhum apoio do governo nacional e a influência da diplomacia colombiana no mundo é muito pobre.

     E de passagem, se corrobora que o país tem sido mal governado desde sempre pela improvisação, a improvidência, a demagogia, a politicagem, a ausência de objetivos nacionais e a inferioridade de nossos cônsules e embaixadores que por não ser de carreira, sempre estão em inferioridade de condições frente a seus pares de outros países.

     Para a mostra um botão: enquanto uma funcionária colombiana, ao que tudo indica adicta a “levantar o copo”, ou enquanto talvez o embaixador esteja empenhado em re-eleger Buenahora e Juanma, e os demais embaixadores, cônsules e a caterva de burocratas que desfilam nos gabinetes diplomáticos colombianos no exterior dormem sobre os lauréis de sua ineficiência, em Cuba e em muitos outros países do mundo as FARC, que não têm tantos títulos universitários nem distinções avultadas como as que certamente há nos currículos destes burocratas, todos os dias desenvolvem um trabalho metodológico de difusão de imagem e desprestígio desse mesmo estabelecimento ao qual pertencem os metidos e ineficazes funcionários enunciados.

    Isso é o que a terra dá, e não há adubo para melhorá-la.

   Nota da tradutora: 

    [1] “Mapalé” é uma dança típica colombiana da Costa Pacífica. É uma dança afro-descendente com perfis afrodisíacos.

 

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