Correlação das Milícias Bolivarianas, o Partido Comunista Clandestinos e o Movimento Bolivariano, com o Plano Estratégico das FARC

Publicado: 2013-02-07   Clicks: 1693

        Traducción de Gracia Salgueiro

    A onda de ataques terroristas das FARC em diversos lugares do país, ao término da farsa da “trégua unilateral” de Natal e fim de ano em locais onde por anos as FARC cometeram os mesmos crimes, não só convida a uma reflexão do governo nacional e dos organismos de segurança, senão que deixa claro uma vez mais que a fortaleza das guerrilhas comunistas radica na extensa rede de apoio logístico, inteligência e cumplicidades instalada com paciência dentro de setores específicos da população civil.

    Enquanto Santos só se importa com a re-eleição sem ter em conta o custo que a Colômbia pague, por culpa dos desavergonhados que cometam o erro de votar nele mais uma vez, as FARC continuam empenhadas em desenvolver o metódico Plano Estratégico com um objetivo concreto das conversações em Cuba: reconhecimento político dentro e fora do país como força beligerante, e já sem a pecha de terroristas.

    Fica claro que, enquanto os “stressados” negociadores do governo colombiano tiveram seu “merecido descanso” de fim de ano, em Cuba os cabeças de todas as Frentes das FARC realizaram uma reunião de análise e cursos de ação, que pôde ser um Pleno Ampliado ou a Décima Conferência.

    Fácil e simples, porque para a entrada dos terroristas na ilha contam com a cumplicidade da ditadura cubana e para viajar até Havana, com o conchavo dos governos comunistóides de Quito, Caracas, Manágua, La Paz, Brasília e Buenos Aires.

   Da referida reunião em Cuba saíram as decisões da parada armada no Chocó que impediu o ingresso de transporte terrestre de passageiros a esse estado, mas que não foi destacado nos meios de comunicação, nem, ao que tudo indica, assumido com a seriedade que deveriam ter pelo governo nacional, pelos governos estaduais, nem pelo loquaz Ministro de Defesa, muito dado a se auto-declarar estrategista e epicentro dos grandes golpes às FARC, mas parco para falar e agir em casos tão graves como este da prolongada parada armada no Chocó.

    Se o governo nacional e seu estrategista ministro da Defesa revisassem o Plano Renascer de Alfonso Cano, sem o arrogante triunfalismo e a estultícia vaidosa de acreditar que têm os terroristas derrotados ou acuados, poderiam compreender que a ausência oficial de estratégia negociadora em Havana, somada à falta de foco contra as estruturas das FARC que estão desenvolvendo a onda de terror, são as duas razões para que Iván Márquez e os demais bandidos se pavoneiem triunfalistas em Havana, insultem a todo o mundo e manipulem com reiterada similitude a Santos, como fizeram com Pastrana e o general Mora no Caguán, a De La Calle e Santamaría em Caracas ou Tlaxcala, etc., etc.

    A onda de terror em Balsillas, Cauca, Chocó, Guajira, Huila, Antioquia, Putumayo, Nariño, somada aos atentados que se neutralizaram em Cundinamarca e Valle del Cauca, foi executada pelas Milícias Bolivarianas, ao mesmo tempo que os dirigentes nacionais e regionais do Partido Comunista Clandestino das FARC (PC3 - que não são tão clandestinos) infiltram o Foro Agrário, as campanhas políticas vindouras, as universidades, os sindicatos, as organizações sociais, etc., e o Movimento Bolivariano Clandestino, que tampouco é tão clandestino, pois de maneira descarada existe em público, conta com coletivos de advogados, farsantes da paz e até congressistas que, como diz a Bíblia: “Por seus frutos do conhecereis”.

    Enquanto as tropas se desgastam procurando as quadrilhas das FARC nas selvas e montanhas, os milicianos vivem nos povoados ou inclusive nas áreas urbanas. Cometem os atentados terroristas e depois se disfarçam de novo entre a população civil.

   Se a Força Pública os captura por ordem judicial, ou investiga para reunir dados úteis à inteligência de combate, aparecem os coletivos de advogados comunistas, os membros do Partido Comunista legal e o clandestino, e os estúpidos funcionais que pululam em diversos estamentos, para reclamar respeito aos direitos humanos de “inocentes” pessoas e o que é mais tragi-cômico, de “população civil alheia ao conflito”.

    Se o presidente Santos, o ministro Pinzón e os mudos passeadores delegados do governo colombiano em Havana não sabem, é preciso informá-los: 

    A fortaleza das guerrilhas comunistas não somente radica em sua capacidade armada. Reside na habilidade para vincular a população civil ao conflito e no trabalho político do Partido Comunista, nos sócios naturais e nos idiotas úteis que em estupidez coletiva, vêem na etérea paz apadrinhada pelas FARC a solução ao problema, sem se dar conta de que para os comunistas a paz é apenas um passo a mais da guerra de classes, até chegar ao macondiano [1] paraíso de igualdade proletária.

    Nessa ordem de idéias, as Milícias Bolivarianas, o Partido Comunista Clandestino - ou o legal? - e a mistureba sócio-política chamada Movimento Bolivariano Clandestino, trabalham de mãos dadas com as linhas estruturais do Plano Estratégico das FARC, a comissão negociadora dos terroristas em Havana e a Frente Internacional em diversos países.

    O quadro analítico anterior implica que os serviços de inteligência e a para sempre erodida justiça colombiana devem trabalhar de perto, priorizar objetivos e desatar com a Força Pública uma intensa campanha de localização, judicialização e encarceramento dos membros das Milícias Bolivarianas, reavivar as investigações pela FARC-política e investigar a fundo e sem contemplações todos os cúmplices nacionais e internacionais das FARC que, vestidos com o manto de pacifistas, fazem parte do pretendido “cavalo de Tróia” sustentado em mentirosas intenções de paz em Havana, e “populações civis alheias ao conflito”, quando todos sabem que entre esse “neutros” estão camufladas as três estruturas políticas das FARC, robustecidas por ordem de Cano.

    Nota da tradutora:

    [1] “Macondiano” refere-se ao mundo fora do normal que idealizou Gabriel García Márquez em seu livro “Cem anos de solidão”, no povoado imaginário de Macondo.

    Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

    Analista de assuntos estratégicos - 

      www.luisvillamarin.com

     O coronel Luis Alberto Villamarín é especialista em temas de defesa nacional, geo-política e estratégia em geral. Autor de 19 livros relacionados com o narco-terrorismo internacional, o conflito armado na Colômbia e a história do continente. Algumas destas obras foram traduzidas para o português, inglês, alemão, francês e polonês. Como analista de assuntos político-estratégicos participou de painéis de experts em Discovery Channel, Univisión, NTN24 e Televisão Espanhola.

  Lea aquí las obras escritas por el coronel Luis Alberto Villamarín Pulido

 

      Operacion Sodoma (Caída del Mono Jojoy, símbolo del narcoterrorismo comunista contra Colombia)    Operacion Sodoma (Caída del Mono Jojoy, símbolo del narcoterrorismo comunista contra Colombia)   Operacion Jaque    Complot Contra Colombia - (Secretos de los Computadores de Raul Reyes)   El Cartel de las Farc

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