A chanceler María Ángela Holguín deixou conhecer sua verdadeira incompetência e deve renunciar

Publicado: 2012-04-28   Clicks: 1952

 

    Tradução: Graça Salgueiro
 
Os meios de comunicação denominaram com o mote de “as frases da discórdia” a estas medíocres declarações da chanceler Holguín, em torno da descabida e desrespeitosa ambição sandinista de modificar os limites marítimos entre a Colômbia e a Nicarágua, e de passagem roubar uma enorme porção da histórica soberania colombiana: 
 
 
    “Eu acreditava que não perderíamos nada e assim a Colômbia tem trabalhado com uma política de Estado nos últimos 11 anos do processo, com advogados de luxo. Porém é um julgamento, e quando duas partes estão em um julgamento, qualquer coisa pode acontecer (...). Eu queria que estivéssemos certos de que nada vai acontecer, porém as sentenças da Corte Internacional são salomônicas e dá a cada um seu pedacinho (...) sempre fica aborrecido ao que demanda”.
 
    Chama a atenção que o midiático e egocêntrico presidente Santos tenha feito caso omisso das irresponsáveis declarações da ministra de Relações Exteriores, como se a soberania nacional, a defesa nacional, a riqueza étnica, a bio-diversidade e os recursos energéticos da zona que o regime comunista de Ortega pretende roubar da Colômbia, não tivesse importância geo-política, geo-econômica ou geo-estratégica, e ao mesmo tempo, como se a pitoresca chanceler tivesse perdido de antemão a batalha jurídica em Haya. 
 
    A razão do silêncio cúmplice de Santos é simples: desde quando começou seu período governamental, vimos insistindo desde esta coluna de opinião que a Colômbia não tem chanceler porque, pelo afã midiático do presidente, a senhora Holguín converteu-se em uma agente de viagens que vai de país em país, com diárias e demais gastos pagos pelos contribuintes, para ela e um bando de lagartos dedicados a promover a imagem pessoal do novo melhor amigo de Chávez.
 
    Portanto, a Colômbia não tem nem plano estratégico no campo das relações internacionais, nem objetivos concretos, nem ilação entre os evidentes desejos de figuração pessoal re-eleicionista de Santos com os ganhos que convenham aos colombianos, mesmo que se gastem milhares de dólares na Cúpula das Américas em Cartagena, feita para dar caríssimos presentes aos assistentes e fortalecer as ambições políticas de Obama na Casa Branca (2013-2017) e de Juanma na Casa de Nariño (2014-2018).
 
    Não importou, neste caso, que o inverno cause estragos, que 24 milhões de colombianos vivam na faixa da pobreza, que os militares e policiais da reserva ativa sejam vítimas da sinistra negação de seus direitos salariais legítimos, que haja milhões de crianças em lamentáveis condições escolares, que a Amazonía, a Orinoquía e o Chocó estejam esquecidos e incomunicados, etc. O que importa é a re-eleição de Juanma, gaste-se o que se gastar.
 
    Também temos insistido em que talvez a chanceler Holguín possa ter qualidades para desempenhar esse cargo, mas por andar como agente de viagem e como porta-voz de Juanma, entrou no círculo do máximo nível de incompetência a que se referia Peter Drucke. Portanto, ou ela deve renunciar, ou o Presidente da República deve retirá-la do cargo, ou o Congresso da República deve promover uma moção de censura e exigir sua renúncia sem contemplações.
 
    Por outro lado, a chanceler Holguín deixa entrever que os advogados contratados pela Colômbia para a defesa deste litígio são incompetentes, ou não têm argumentos suficientes para defender o que é nosso, ou o que é mais grave, estão como convidados de pedra, isso sim, com vultosos pagamentos pelos seus serviços, mas sem capacidade de demonstrar que a soberania da Colômbia é inviolável e imodificável. 
 
    Porém há algo mais grave ainda: aterra a indiferença dos meios de comunicação, das universidades, dos centros de estudos políticos, dos senadores e representantes, das autoridades de San Andrés y Providencia, do Ministro da Defesa, dos ex-chanceleres, dos ex-presidentes, dos ex-ministros da Defesa, da Procuradoria e da Corte Suprema que devem investigar as atuações da chanceler e, é claro, do mesmíssimo presidente Santos, que cala ante tamanho despropósito e crescente falta de patriotismo da chanceler Holguín.
 
    A título de reflexão: será que se o país demandando fosse a Venezuela, o chanceler Maduro teria respondido com tanto frescor e ausência de amor por sua pátria? Ou se fosse o Chile?... Ou o Brasil?... Ou o Peru?...
 
    Mas, claro, os colombianos temos que suportar o que a terra dá na fauna silvestre de demagogos que se apropriam dos altos cargos públicos, ocupados não pelos mais capazes nem pelos mais competentes, senão por espirais politiqueiras, ou em casos mais tragicômicos, como o da Chanceler Holguín, a quem Santos instalou no Palácio de San Carlos, para que com sua cara bonita tranqüilizasse seu novo melhor amigo e ao grotesco chanceler Maduro, e para que lhe faça lobby em diversos lugares do planeta.
 
    Uma coisa é a diplomacia e outra bem distinta é a estupidez funcional, mascarada de prudência e sujeição à lei. A pretensão da Nicarágua é absurda, abusiva e sem justificativa. A obrigação moral, ética e laboral do Presidente da República, de sua chanceler, do ministro da Defesa e dos organismos de segurança do Estado, é defender a soberania colombiana, tanto nos tribunais internacionais, como nos mares e fronteiras terrestres ou fluviais. Nunca deixar a mais mínima dúvida a esse respeito.
 
    Portanto, as desafortunadas frases da chanceler não só merecem repúdio nacional, senão sua imediata remoção do cargo por falta de amor pátrio, por inaptidão frente ao desafio que se avizinha, por incapacidade para exercer suas funções como ministra de Relações Exteriores, pois parece ser a embaixadora pessoal de Santos nos países onde já há embaixadores oficiais nomeados.
 
Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
Analista de assuntos estratégicos
 
 
 
 
 

 

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