Tradução: Graça Salgueiro
A atitude politiqueira, exibicionista e demagógica de Juan Manuel Santos em torno à eventual inclusão da ditadura cubana dentro dos governos livres do hemisfério e portanto, sua aceitação na OEA, é uma afronta contra a dignidade do povo colombiano, portanto, a Colômbia deveria ser o primeiro país a se opor, pois foi o receptor de toda a criminalidade gerada pelo despotismo que mal governa a paradisíaca ilha.
Não se trata de fazer um mandado à Casa Branca. Embora tenhamos dito em escritos anteriores, as palavras dignidade e lealdade ao que parece não existem no dicionário da direção política colombiana, e é oportuno recordar ao senhor Santos que o governo narco-terrorista dos irmãos Castro é inimigo histórico da Colômbia, e que grande parte do grave problema de violência e desordem pública que assediam o país desde há cinco décadas originaram-se em Havana, sob a direção dos anciãos terroristas de sobrenome Castro Ruz.
A título de sumário queremos lembrar ao senhor Santos, ou melhor, informá-lo, pois talvez enquanto ele era um “yupi” de cabelo grande e um hippie com sandálias que passeava em Londres com cargo oficial provido pela Federação de Cafeteiros, e segundo seu próprio testemunho, um jovem rebelde consumidor esporádico de um ou outro baseado de maconha, os comunistas cubanos treinaram quadrilhas do ELN, das FARC, do M-19 e ofereceram refúgio seguro a centenas de criminosos destas organizações, para que se esquivassem da justiça colombiana.
Os irmãos Vásquez Castaño, fundadores do ELN, foram treinados em Cuba para viessem à Colômbia com a finalidade de derrubar o governo legítimo e, aproveitando a oportunidade, eliminar os “capitalistas burgueses”, como o senhor e sua eternamente privilegiada família.
Durante a Conferência Tricontinental de 1966, o ditador Fidel Castro abriu as portas a todos os movimentos terroristas latino-americanos e poucos anos mais tarde os contatou com o ETA na Espanha e com Kadaffi na Líbia. Pouco depois enviou seus delegados para que ajudassem o M-19 a planejar o assalto à Embaixada da República Dominicana com o seqüestro de vários diplomatas, que por razões óbvias foram libertados em Cuba, depois do pagamento de uma suculenta soma de dinheiro.
Ao mesmo tempo, levou quase 200 narco-traficantes e terroristas do M-19 para que preparassem uma invasão armada contra a Colômbia, efetuada de maneira simultânea pelo Chocó e o Putumayo. Isto ocasionou o rompimento de relações diplomáticas da Colômbia com o governo terrorista cubano, porém, anos mais tarde o também demagogo presidente Cesar Gaviria as reatou, em que pese que sabia que em finais de 1991 estiveram em Cuba, Alfonso Cano, Iván Márquez e Pablo Catatumbo, coordenando com Fidel Castro os passos a seguir para a legitimação das FARC, depois do golpe de Estado que Chávez daria em fevereiro de 1992.
Após o bombardeio ao acampamento de Raúl Reyes no Equador, as autoridades judiciais e os organismos de inteligência encontraram nos computadores do terrorista abatido, que a ditadura cubana está muito ligada com os planos estratégicos das FARC e do Foro de São Paulo para derrocar o governo colombiano, expropriar os donos do capital e da terra no país, o qual inclui Santos e seus familiares, e impor um governo afim a Chávez, Correa, Ortega e os demais delinqüentes de colarinho branco que apóiam as FARC.
Por estas e muitas razões, a Colômbia deve assumir uma posição de dignidade e sensatez. Não o jogo oportunista de Santos para buscar a re-eleição ou a indicação ao Prêmio Nobel da Paz, ou a eventual designação à Secretaria da ONU ou da OEA.
Por obrigação de Pátria, Santos deveria solicitar aos 33 assistentes à Cúpula das Américas em Cartagena que em uníssono exijam e obriguem a remoção da ditadura cubana da ilha, o retorno à democracia e à liberdade dos cubanos, e a entrega dos criminosos irmãos Castro e seus cúmplices à Corte Penal Internacional, para que essa instância os julgue e encarcere, por patrocinar o narco-terrorismo internacional e oprimir seu próprio povo durante 53 anos.
Atitudes condescendentes e medíocres como a assumida por Santos, para ficar bem com todo o mundo e dar mais espaço político às FARC e seus cúmplices internacionais, além de emprestar o território colombiano com gastos pagos pelos contribuintes que cometeram o erro de elegê-lo, somente servem para que o governo totalitário cubano, o mais criminoso de toda a história do continente se saia com as suas, e para que os conspiradores contra a Colômbia avancem no projeto oculto de meter o país no curral do Foro de São Paulo e do Socialismo do Século XXI.
Senhor Santos: o senhor sabe que com vela não se brinca porque ela queima. Não se imagine demasiado pronto, porque os comunistas que o tempo todo estão em guerra contra a liberdade são experts nas farsas e nos enganos. É uma impossibilidade moral apoiar a inclusão de Cuba na OEA e uma afronta contra a Colômbia, dar status de governantes legítimos aos criminosos que oprimem o povo cubano e patrocinam o narco-terrorismo contra o mundo livre.
Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
Analista de assuntos estratégicos