Justo protesto da Reserva Ativa das Forças Militares e Polícia em 31 de maio de 2011

Publicado: 2011-05-28   Clicks: 2355

 

 

      Análisis del conflicto colombiano

     Tradução: Graça Salgueiro

 

     Reina um ambiente de alta inconformidade e antipatia da parte dos membros da Reserva Ativa das Forças Militares e da Polícia Nacional, frente ao tratamento indigno, desrespeitoso, desobrigante e descomedido que deram o Governo Nacional, por meio do Presidente Juan Manuel Santos em pessoa, e seu loquaz, desleal e inepto Ministro da Defesa Rodrigo Rivera, assim como diversos níveis da Justiça colombiana com praticamente o desaparecimento do Foro Militar, da desnaturalização progressiva da Justiça Penal Militar, das enviesadas sentenças contra membros das instituições armadas, e o mais recente espantalho jurídico de negar como prova válida em processos penais pela Farcpolítica os conteúdos dos computadores do terrorista Raúl Reyes.

 

     Soma-se ao que foi dito antes o decepcionante e péssimo serviço de Saúde Militar, a desatenção das Caixas de Aposentadoria para cumprir sentenças de nivelamento salarial executadas por autoridades competentes, baixas remunerações que não correspondem ao elevado sacrifício de militares e policiais, e zombaria incompreensível dos encarregados de resolver estes problemas.

 

     Porém, a inconformidade não é só dos militares e policiais da reserva. Dentro dos quartéis militares, bases navais, estações de polícia e postos de combate contra o narco-terrorismo e a violência multiforme, respira-se um ambiente tenso de rechaço e pouca aceitação pelo Ministro Rivera e pelo próprio Presidente Santos, aos quais se respeita por sua investidura, mas não se aceita por sua escassa liderança e por sua carência de carisma.

 

     Ambos personagens são vistos pelos uniformizados como dois males necessários. Entretanto, ninguém lhes diz por disciplina militar, por respeito à institucionalidade e porque com eles ou sem eles, não há outra opção senão defender a Colômbia. Porém, olho vivo que não há mal que dure cem anos nem doente que resista.

 

     No próximo dia 31 de maio, milhares de oficiais, suboficiais, soldados profissionais, marinheiros e agentes de polícia da Reserva Ativa, sairão acompanhados de seus familiares e amigos para protestar ante o Governo Nacional e as demais autoridades, devido a estas e outras arbitrariedades. E com eles sairão às ruas milhares de esposas, familiares e amigos de oficiais, suboficiais, soldados profissionais e agentes de polícia em serviço ativo, acompanhados por pessoas civis a serviço das Forças de Segurança do Estado.

 

     Em Bogotá se realizará uma concentração maciça para protestar na Praça de Bolívar, a partir do meio-dia. A convocatória inclui a apresentação em público dos senadores que há poucas semanas intimaram o Ministro Rivera para que, depois de se esquivar de várias entrevistas, saísse à sala de audiência legislativa para confirmar sua arrogância, sua inaptidão e sua tendenciosa intenção de confabular com o presidente Santos e questionáveis assessores jurídicos, a fim de buscar todas as leguleiadas possíveis que lhes permitam enredar os direitos salariais dos militares e policiais contemplados na lei desde o ano de 1992.

 

     Estão convocadas todas as famílias do pessoal ativo das quatro forças, pois em contraste com a mentirosa e politiqueira argumentação do Ministro Rivera, nivelar os salários dos aposentados certamente favorece aos que neste momento defendem a institucionalidade até com suas vidas. 

 

     Mas, além disso, é um fato real que os da ativa olham com preocupação e desconfiança as atitudes exibicionistas e midiáticas de Rivera e Santos que, se aos que fomos seus superiores nos quartéis e unidades de combate pretendem nos burlar de maneira descarada e mendaz, obviamente a eles também lhes espera um futuro similar quando se aposentarem.

 

     Por isso suas esposas, pais, irmãos e amigos estão convidados à convocatória de protesto pacífico porém firme, porque o Governo Nacional, encabeçado por Santos e Rivera, está pisoteando os direitos legítimos e o futuro dos militares, dos policiais e de suas famílias.

 

     Ao mesmo tempo, a maciça convocatória, que não será nem a primeira nem a última até que não se solucionem estes problemas, protestará com energia e unidade corporativa devido à sucessão de sentenças jurídicas enviesadas contra militares e policiais, auspiciados por cartéis de advogados corruptos, ansiosos por se encher de dinheiro, ou por presumíveis funcionários judiciais inclinados ao ideário terrorista das FARC e do ELN.

 

    Os manifestantes enfatizarão a necessidade de melhorar a atenção e a capacidade operacional do Hospital Militar, do Hospital Naval, do Hospital da Polícia e dos ambulatórios nos quais o serviço é péssimo, a solicitação de consulta é um drama e uma mostra de ineficiência absoluta, situação que indispõe e lesiona a tranqüilidade e bem-estar da Reserva Ativa e de seus beneficiários, muitos deles da terceira idade ou crianças menores de 12 anos no caso dos da ativa.

 

    As condições estão dadas para que, unida como nunca, a Reserva Ativa das quatro forças constitua um movimento político sólido que defenda os interesses gremiais, que por meio do voto popular situe no Congresso uma quantidade adequada de senadores e deputados, e com base no volume eleitoral tenha a possibilidade de escolher, pela primeira vez em duas décadas, um Ministro da Defesa idôneo, que não apenas conheça de estratégia, geopolítica e logística, senão que entenda e se solidarize com os problemas de bem-estar dos da ativa e da reserva.

 

    Esta convocatória marca um momento histórico e um marco transcendental, que na maior praça da capital permitirá parafrasear José Acevedo y Gómez: “Não se pode perder estes momentos de efervescência e calor”.

 

     Não basta que por meio da lei que a Comissão Acidental vá gerar, se resolva um problema derivado do cinismo e descumprimento do duo Santos-Rivera. É que a Força Pública ativa e reserva necessita como Ministro da Defesa um verdadeiro representante político no Congresso e ante o país, não de politiqueiros parasitas que durante os últimos vinte anos só se preocuparam em controlar todos os suculentos contratos do setor e em encher com políticos recomendados os gabinetes do CAN, da Justiça Penal Militar, da Saúde Militar, do Hospital Militar e dos civis a serviço das Forças.

 

    Estão convidados ao ato todos os colombianos solidários com as Forças Militares e a Polícia, que desejem reiterar sua voz de alento com os que não só criaram a república senão que com seu sangue e sacrifícios a sustentaram, apesar da inaptidão, e em muitos casos desonestidade, de alguns dos corruptos que nos mal-governaram e que com suas ações conduziram a Colômbia a situações tão caóticas quanto as atuais.

 

     A Reserva Ativa os espera a todos para que, como conseqüência de um ato pacífico, repleto de solidariedade e entusiasmo popular, os politiqueiros, inclusive o próprio presidente Santos, fiquem notificados de que há uma enorme força política que despertou e que não cessará suas ações legais até conseguir que haja justiça, dignidade, eqüidade e respeito pelas Forças da ordem em atividade, com suas Reservas Ativas e seus familiares, os quais em última instância são os sacrificados diretos com as medidas absurdas e abusivas do estilo Santos-Rivera.

 

Coronel Luis Alberto Villmarín Pulido

Analista de assuntos estratégicos –

www.luisvillamarin.com

 

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