A paz para a Colômbia proposta pela UNASUL só pretende legitimar as FARC
* Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
A paz que a UNASUL propõe para a Colômbia procura legitimar as FARC como força beligerante, tirar de cima de Lula, Chávez e Correa os problemas que têm com os computadores de Raúl Reyes e concretizar um sonho antigo da ditadura cubana, de ver todo o continente tingido de vermelho comunista confrontado contra o odiado “império gringo”.
Nesse sentido, o governo colombiano deve ir com pés de chumbo frente a todos os fúteis pacifistas, propostos de maneira suspeita e simultânea pelas FARC e seus correligionários. Coincidência pontual. Cano diz ante a TV Al Jazzira que quer a paz e que admira os magistrados arqui-inimigos pessoais de Uribe. Lula aponta o mesmo desde o Brasil. Correa fanfarroneia e depois de receber imerecidas honras militares de tropas colombianas, fica “satisfeito” porque recebeu os discos rígidos dos computadores de Reyes, nos quais consta sua militância na esquerda terrorista latino-americana, porém depois põe seus funcionários para gerar dúvidas sobre a autenticidade dos mesmos.
E os porta-vozes de “colombianos pela paz” honram seu apelido de “colombianos pelas FARC”, ao propor a mesma idéia, entre outras coisas, referendada pelo Vaticano. Tudo igual ao estratagema das FARC quando seqüestraram e assassinaram o Governador de Caquetá, na época em que a frente internacional tinha uma cilada propagandística com um filme realizado pelos comunistas argentinos e algo mais.
Isto indica que a lua de mel entre Santos e Chávez será muito curta, que logo Correa vai “dizer a que veio”, que Lula está preocupado porque não pôde aparecer como mediador, para que detrás da farsa de recompor as relações diplomáticas da Venezuela se inicie a legitimação das FARC, quer dizer, que o complô contra a Colômbia continua vigente e que os ventos de guerra continuarão rareando o ambiente.
A razão é simples e elementar: Chávez, Correa e Lula, e os demais cúmplices das FARC são comunistas e, como tais, estão na luta de classes, na guerra contra o capitalismo e imersos no projeto do Socialismo do Século XXI.
Por esta razão, o vice-presidente venezuelano afirma que o “projeto bolivariano” é continental e que o governo colombiano não vai impedir sua expansão. E por essa mesma razão, são tão coincidentes as propostas de “paz para a Colômbia” formuladas por Lula, Chávez, as FARC e o mal chamados “colombianos pela paz”, com a aquiescência traidora e apátrida do inepto e cínico ex-presidente Ernesto Samper.
* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com
Tradução: Graça Salgueiro begin_of_the_skype_highlighting