O governo nicaragüense não se importa com as notas de protesto

Publicado: 2013-08-06   Clicks: 6221

     Tradução: Graça Salgueiro
 
    Ao longo das pouco cordiais relações diplomáticas da Colômbia com a Nicarágua, os briguentos e velhacos governantes do país centro-americano, sem importar a linha ideológica em que militem, acumularam reiteradas agressões diplomáticas ou geo-políticas contra a Colômbia, e física contra os pescadores do Arquipélago de San Andrés, em razão de que a atitude leguleia, tímida e carente de objetividade dos sucessivos governos colombianos limitaram-se a notas de protesto, com as quais não é exagerado assegurar que se poderiam escrever vários livros ou fazer um monumento à inaptidão da Chancelaria colombiana.
 
     A burla, o cinismo e a falta de decoro da direção política nicaragüense contra a Colômbia desde meados do século XIX, começou a se materializar com o descarado roubo da Costa Mosquita, coonestado na ocasião pelos governos dos Estados Unidos, Inglaterra e Costa Rica.
 
     Depois, a Nicarágua roubou de cara e sem se ruborizar, as ilhas do Maíz e um bandoleiro chanceler nicaragüense de sobrenome Chamorro, não só assinou em 1913 um pacto secreto com o embaixador dos Estados Unidos na Nicarágua para depois desenhar o tratado Brian-Chamorro da exclusividade norte-americana em um segundo canal inter-oceânico, senão que de maneira sinistra afirmou que San Andrés e Providencia pertencem à Nicarágua.
 
     Governados por castas com sangue mesclado de espanhóis ladrões, indígenas traidores, piratas sem escrúpulos, aventureiros da febre do ouro, piratas norte-americanos da expedição Walker e dirigentes ajoelhados ante a Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética, Cuba e por último a Venezuela, o estado nicaragüense foi trânsfuga, fraudulento e desonesto frente à Colômbia.
 
     A casta criminosa dos Somoza tentou iniciar explorações de petróleo em áreas marinhas em 1965, 1966, 1967 e 1968. A tíbia reação colombiana limitou-se a uma nota de protesto do então chanceler Alfonso López Michelsen, de longe o personagem mais nefasto da política colombiana do século XX.
 
     Depois veio a fanfarronice dos piratas que integravam a junta sandinista, que de cara desconheceram o de por si lasso e anti-colombiano Tratado Esguerra-Bárcenas de 1928, e iniciaram na cabeça de um pirata jurídico de sobrenome Argüelo, uma campanha propagandística sem precedentes em Haya.
 
     Tal campanha, urdida pela URSS, Cuba e no final pela China e Venezuela, culminou com a sentença espúria da Corte Internacional de Justiça, mediante o qual se despojou a Colômbia de 75.000 km² de mar territorial, transferidos para a Nicarágua.
 
     E isto ocorreu como conseqüência da debilidade de caráter e miopia geo-política dos governos de Andrés Pastrana, Álvaro Uribe e Juan Manuel Santos, com seus ineptos chanceleres e o séquito de incapazes porém caríssimos advogados, embaixadores e demais facções burocráticas aferradas na chancelaria e nas embaixadas relacionadas com o caso.
 
Agora, em sua habitual conduta bandoleira e procedimento de piratas, Daniel Ortega e seu séquito de moleques de recado de Cuba e Venezuela, oferecem explorar petróleo no mar territorial colombiano. A leviana chanceler colombiana anunciou a milionésima nota de protesto e os corsários nicaragüenses, que já têm montado outro estratagema jurídico para ver se definitivamente roubam San Andrés, mais uma vez debocham da Colômbia.
 
     Os leguleios e rábulas causadores da desgraça em Haya no passado 19 de novembro, não só escrevem colunas de opinião para justificar sua mediocridade jurídica, senão que, ao que parece, continuam como assessores da inexistente estratégia de defesa colombiana, enquanto a Nicarágua ainda tem em Haya e nos cargos internacionais sensíveis os mesmos trânsfugas que urdiram a trama para despojar a Colômbia de 75.000 km² de mar territorial.
 
      Tudo isto acontece pela falta de formação em temas de estratégia, segurança nacional, geo-política, civismo e critério patriota dos burocratas que chegam a altas posições de governo e administração pública, sem ter claros os objetivos nacionais, a segurança nacional e a defesa da Pátria.
 
      Por isso a Colômbia tem padecido a presença de ministros de Defesa e chanceleres medíocres, elogiados pelos meios de comunicação sem independência crítica e sustentados pelas elites apátridas que se crêem donas da Colômbia, ou por comunistas enrustidos incrustados no poder que, antes de ser funcionários públicos simpatizam com o narco-terrorismo comunista, e quando entram para a burocracia tornam-se governistas para reclamar suas quotas de poder e sua parte na fatia do orçamento.
 
     Entretanto, no Caribe, China e na ALBA fazem festas com a partilha do território nacional, sem que Santos, que agora tem um filho disfarçado de soldado das Forças Especiais, ordene às Forças Militares que exerçam o controle efetivo e permanente sobre o meridiano 82, pois a Colômbia não aceita a espúria sentença da CIJ, nem pode tolerar que um governo vizinho dirigido por um terrorista, que além disso apadrinha as FARC, vá roubar os recursos e o mar territorial colombiano.
 
      Basta de coisas irreais e mediocridades próprias da aristocracia crioula, em honra da re-eleição de Santos e seu imerecido Prêmio Nobel da Paz. A Colômbia e a história exigem decisões claras, concretas e contundentes, que digam de uma só vez por toda a Nicarágua que nem esta camarilha de piratas que a governa, nem seus sucessores, poderão repetir o já habitual apetite de bandidos contra a soberania colombiana, que já não haverão mais notas de protesto sem importância, e que a dignidade de uma nação não se pode macular com impunidade, assim esteja governada por medíocres ou incapazes, pois o povo é superior a seus dirigentes.
 
 
 
Luis Alberto Villamarin Pulido
Analista de assuntos estratégicos
 www.luisvillamarin.com 
 
 

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