Traducción de Gracia Salgueiro
Em 21 de janeiro de 2018, a jornalista Nena Arrázola, do programa Los Informantes do canal Caracol televisión, apresentou o arrepiante testemunho de uma jovem natural de Barracabermeja que denunciou ter sido violentada mais de 50 vezes por terroristas das FARC, recrutada desde menina para as fileiras do pedófilo Pastor Alape, maltratada de todas as formas, co-partícipe de massacres, seqüestros, ataques terroristas, etc.
O programa foi levado ao ar com um elevado índice de audiência, mas não passou disso. Nenhum advogado de alto, baixo ou médio perfil colombiano, nem nenhuma ONG de Direitos Humanos que geralmente são de esquerda, disse “essa boca é minha” ou “este caso merece ser levado ante a Comissão Internacional de Direitos Humanos e ante a Corte Penal Internacional de Haya”. Muito menos o Promotor Geral, que no mesmo dia posou de coadjuvante de Juan Manuel Santos ante os meios de comunicação, para anunciar a captura de um ladrão de baixo estofo em Bogotá.
Entre as denúncias que fez a jovem ex-integrante das FARC, ela assinalou que dentro da agrupação terrorista a política de forçar abortos entre as guerrilheiras grávidas é o pão de cada dia, que chegam ao extremo selvagem de praticar os abortos com arames e que a terrorista Victoria Sandino, próxima a se converter em “Honorável Representante” no Congresso da República graças a Santos e de la Calle, é uma das delinqüentes que ordenava esses crimes contra a vida em primavera.
O ponto-chave é: por que tantos advogados prestimosos a demandar o Estado por assuntos às vezes injustificados e às vezes justificados, ou por representar interesses políticos da esquerda terrorista, não denunciam estas aberrações ante os organismos internacionais de justiça? Por que calam “imparciais” magistrados da JEP, quase todos esquerdistas e escolhidos por esquerdistas? Por que o Promotor Geral da Nação não saiu ante os meios de comunicação, acompanhado de Santos e generais das Forças Militares em atitude de submissos segundões, para dessa vez dizer que a institucionalidade colombiana não permitirá que os terroristas cheguem incólumes aos Congresso sem haver respondido por estas barbaridades e, ao contrário, saem a anunciar a captura de um ladrão?
Por que nenhum douto advogado colombiano, diferente dos poucos que com suor e lágrimas defendem as vítimas, denunciaram penalmente ante os organismos competentes a ilicitude de um acordo de paz iniciado com delinqüentes que nem sequer escreveram o nome real nos documentos iniciais e finais do espúrio pacto? A resposta a tanta insensatez coletiva de quase todos os advogados colombianos radica, sem dúvida, na falta de identidade nacional, na ausência de foco nos destinos do país e ao que parece em débeis estruturas acadêmicas e sociais que não ensinam às crianças e jovens a pensar em construir nacionalidade e país, senão a estudar para enriquecer a partir da cultura da patifaria.
Entretanto, pedófilos das FARC, como Pablo Catatumbo e Pastor Alape, ou bandidos que ordenaram milhares de abortos de guerrilheiras, como Timochenko, a Sandino, Iván Márquez, Granda e outros sujeitos com extensos prontuários criminais, serão legisladores e ditarão as leis para que os juristas co-nacionais, formados em caras e muito “prestigiadas” universidades colombianas as cumpram. E os advogados colombianos? Bem, obrigado.
Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
* Escritor, analista, especialista em defesa nacional, estratégia e geo-política.